Willem Kolff era o mais novo assistente de medicina interna do hospital da Universidade de Groningen,na Holanda,quando assistiu impotente,á lenta e agonizante morte de um rapaz de 22 anos,intoxicado por excesso de ureia no sangue.O jovem médico pensou que,se tivesse conseguido,remover 20 gramas de ureia por dia do sangue do paciente,ele poderia ter sobrevivido.E decidiu inventar uma máquina que fizesse o trabalho dos rins.
Kolff pegou em 40 cms de pele de salsicha e encheu-a con 25 ml de sangue ao qual tinha adicionado ureia.Agitou o tubo de celofane num banho com solução salina e descobriu que cinco minutos depois quase toda a ureia tinha sido removida por diálise.Se multiplicasse por 20 o tamanho do tubo,pensou,talvez conseguisse fazer um rim artificial.
Nesse ano de 1939 rebentou a Segunda Guerra Mundial.Para conseguir os materiais de que necessitava para as experiências,Kolff teve de forjar dezenas de documentos,arriscando a vida.À quinta tentativa encontrou o caminho:um tubo de celofane enrolado num grande tambor que rodava com o terço inferior imerso num tanque com uma substância dialisante.
Este primeiro rim artificial foi testado em 1943.Mas ainda não conseguia limpar o sangue na quantidade e velocidade necessárias.Os primeiros pacientes,embora com melhoras,continuaram a morrer.O primeiro sucesso chegou dois anos depois,à 17ªtentativa.Willem Kolff costuma contar a história:"A senhora de 67 anos estava na prisão por ter colaborado com os nazis,com síndrome hepatorrenal e em coma.Depois de oito horas de diálise debrucei-me sobre ela e perguntei-lhe:"Consegue ouvir-me?"Ela abriu os olhos e disse:"Vou divorciar-me do meu marido!"
A invenção da hemodiálise marcou a diferença,entre a vida e a morte para os doentes renais crónicos.Desde que Kolff construiu as primeiras oito máquinas,outras foram inventadas e todas evoluiram.
"Há 40 anos a diálise demorava 10 ou 12 horas e tinha de ser feita todos os dias.As pessoas tinham de estar sempre no hospital.Hoje demora quatro horas,três vezes por semana",explica Martins Prata,director do serviço de nefrologia do Santa Maria,em Lisboa.
Além de maior sobrevivência,os doentes têm hoje maior qualidade de vida.
Kolff pegou em 40 cms de pele de salsicha e encheu-a con 25 ml de sangue ao qual tinha adicionado ureia.Agitou o tubo de celofane num banho com solução salina e descobriu que cinco minutos depois quase toda a ureia tinha sido removida por diálise.Se multiplicasse por 20 o tamanho do tubo,pensou,talvez conseguisse fazer um rim artificial.
Nesse ano de 1939 rebentou a Segunda Guerra Mundial.Para conseguir os materiais de que necessitava para as experiências,Kolff teve de forjar dezenas de documentos,arriscando a vida.À quinta tentativa encontrou o caminho:um tubo de celofane enrolado num grande tambor que rodava com o terço inferior imerso num tanque com uma substância dialisante.
Este primeiro rim artificial foi testado em 1943.Mas ainda não conseguia limpar o sangue na quantidade e velocidade necessárias.Os primeiros pacientes,embora com melhoras,continuaram a morrer.O primeiro sucesso chegou dois anos depois,à 17ªtentativa.Willem Kolff costuma contar a história:"A senhora de 67 anos estava na prisão por ter colaborado com os nazis,com síndrome hepatorrenal e em coma.Depois de oito horas de diálise debrucei-me sobre ela e perguntei-lhe:"Consegue ouvir-me?"Ela abriu os olhos e disse:"Vou divorciar-me do meu marido!"
A invenção da hemodiálise marcou a diferença,entre a vida e a morte para os doentes renais crónicos.Desde que Kolff construiu as primeiras oito máquinas,outras foram inventadas e todas evoluiram.
"Há 40 anos a diálise demorava 10 ou 12 horas e tinha de ser feita todos os dias.As pessoas tinham de estar sempre no hospital.Hoje demora quatro horas,três vezes por semana",explica Martins Prata,director do serviço de nefrologia do Santa Maria,em Lisboa.
Além de maior sobrevivência,os doentes têm hoje maior qualidade de vida.
E também houve grandes avanços nas terapêuticas para a hipertensão e para a diabetes - as duas causas mais frequentes para a insuficiência renal- e na cirurgia,com a evolução da transplantação renal.
Fonte Revista Sábado
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